Intemperismo – O que é? Tipos e Diferença Entre Intemperismo e Erosão
Você sabia que o intemperismo é um fenômeno da natureza que pode provocar alteraçõe nas paisagens? Confira informaçõe completas, aqui!
- Publicado: 29/11/2018
- Atualizado: 28/01/2019: 16 02
- Por: Marcela Mazetto
Você deve saber que mesmo as rochas, que embora pareçam resistentes, podem acabar sofrendo alterações físicas e químicas. Esse processo natural muda o relevo terrestre e ganha o nome de intemperismo.
O intemperismo é também conhecido pelo nome de meteorização, sendo diferente de erosão. Descubra mais sobre essa diferença, além de conhecer o que é o intemperismo, quais são seus tipos e as rochas que são formadas.
O que é intemperismo?
Intemperismo é uma palavra de origem latina: vem de intemperies, que significa “mau tempo, infortúnio”. Conceituar essa palavra é relativamente simples, já que se trata do conjunto de fatores responsáveis pelas alterações químicas e físicas da estrutura e do formato de rochas e minerais na superfície da Terra.
Ou seja, intemperismo engloba agentes modeladores do relevo terrestre, permitindo a formação dos solos. Assim sendo, esse fenômeno é o processo formador dos solos, além de ser o transformador das rochas.
Ele pode ocorrer por meio de agentes externos de modificação do relevo – quando estão relacionados às condições climáticas – ou mesmo pela ação dos seres vivos.
O intemperismo (ou meteorização) se classifica como a quebra e a alteração de materiais nas proximidades da superfície para materiais que estão mais equilibrados com as novas condições físicas e químicas impostas.
Os fragmentos provenientes do intemperismo sofrem com a ação de outros fatores físicos, não se esgotando neles mesmos, isto é, as rochas e o solo alterados estão sujeitos aos demais processos modificadores de relevo, como é o caso da erosão, do transporte e da própria sedimentação.
Quais são os tipos de intemperismo?
Como existem uma série de fatores que interferem, intensificam ou até controlam as ações do intemperismo, é possível dividi-lo em três tipos principais: intemperismo físico, intemperismo químico e intemperismo biológico.
Intemperismo físico
O intemperismo físico é também conhecido como intemperismo mecânico, pois envolve as modificações físicas da rocha sem que isso altere sua composição química.
Quer dizer que o intemperismo físico acontece quando há desagregação em partículas menores, por meio da separação dos grãos minerais que fazem parte da rocha. Isso ocorre por conta dos diferentes materiais existentes possuírem coeficientes de dilatação distintos – cada um reagirá ao calor e ao frio de formas diferentes.
A fragmentação das rochas, conforme sua estrutura mineral, configurará as rochas em aparência descontínua, isto é, disforme. É uma forma de dizer que ocorre dilatação e contração das rochas pela alternância de temperaturas.
Intemperismo químico
O segundo tipo de intemperismo é o químico. Ele define a alteração da composição dos minerais das rochas – há reações químicas que se desenvolvem e alteram essa composição.
Geralmente, o processo de movimentação e transformação do relevo faz com que muitas rochas encontrem novos ambientes com condições de pressão e temperatura distintas dos locais anteriores (onde elas surgiram), consequentemente tornando os minerais instáveis. Para provocar estabilidade, esse se alteram quimicamente.
Quando há essa mudança química, as rochas podem acabar passando por desagregação ou decomposição de suas partículas, deixando-as mais porosas ou provocando cortes nas estruturas.
O intemperismo químico ocorre em áreas de temperatura e umidade constante, como é o caso das regiões tropicais. As causas principais são a ação da água da chuva e dos rios.
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Intemperismo biológico
Por último, o intemperismo biológico é denominado, também, de intemperismo químico-biológico ou físico-biológico – isso porque, embora seja menos referenciado, o meio biológico afeta e modifica as rochas por meio da ação dos seres vivos, como é o caso das bactérias e dos fatores ligados a raízes de plantas.
Na natureza, existe uma dinâmica que faz com que todos os elementos se renovem e se transformem em outros. Observa-se a alteração química e física das rochas nesse tipo de intemperismo em, por exemplo, índice de acidez, coesão dos agrupamentos minerais e outros fenômenos.
Diferença entre intemperismo e erosão
Quando se estuda sobre a dinâmica do relevo terrestre, você aprende que a camada superficial do planeta está sempre passando por modificações. Dentro desse estudo, irá se deparar não somente com a palavra intemperismo, mas também com a palavra erosão.
Certos elementos, como os ventos e a água, são agentes modificadores de relevo e que atuam no processo de intemperismo e de erosão, sendo responsáveis pelas formações rochosas e dos solos.
Entretanto, embora pareçam sinônimos, esses dois processos podem ser descritos como correlatos, isto é, eles são um complemento do outro.
Enquanto que o intemperismo é o processo de desgaste das rochas por elementos químicos, físicos ou biológicos, a erosão engloba os fenômenos que agrupam o desgaste, o transporte e a decomposição das rochas e dos solos. É, basicamente, uma maneira de dizer que a erosão dá continuidade ao processo iniciado pelo intemperismo.
Quais são os tipos de rochas?
As rochas são divididas em três categorias principais: as ígneas (ou magmáticas), as sedimentares e as metamórficas. As rochas podem ser definidas como agregados naturais sólidos, formadas a partir de um ou mais minerais, por isso essa divisão, mesmo aparentemente não mostrando relações entre si, possui íntima ligação:
- Ígneas (ou magmáticas): são rochas constituídas por meio do resfriamento do magma. Elas podem ser rochas intrusivas (plutônicas), quando a consolidação do magma acontece no interior da crosta terrestre, ou extrusiva (vulcânica), quando o resfriamento ocorre na superfície;
- Metamórficas: são rochas formadas a partir de outras rochas existentes quando estas são submetidas a altas temperaturas e à pressão;
- Sedimentares: são rochas constituídas a partir de deposição, acúmulo e compactação de sedimentos. Esses podem ser fragmentos de outras rochas ou também de matéria orgânica (já falamos sobre as rochas sedimentares, aqui no Gestão Educacional).