Associações mutualísticas – O que são? Tipos, Exemplos e Exercícios
Você sabe o que são ou já ouvir valar em associações mutualísticas? Aqui, no Gestão Educacional, você confere tudo a respeito do tema.
- Publicado: 16/08/2019
- Atualizado: 16/08/2019: 10 32
- Por: Bruna Manuele Campos
Nenhuma espécie do planeta vive sozinha, todas interagem com pelo menos uma outra espécie. E essas interações podem ser neutras, ou seja, quando não causam benefício ou malefício para as espécies envolvidas, ou podem ser antagonísticas, em que pelo menos um dos organismos da interação é prejudicado. Podem ser, ainda, uma interação mutualística, na qual pelo menos uma das espécies é beneficiada.
No caso destas últimas, as mutualísticas, uma das espécies é chamada de hospedeira e a outra é classificada como visitante ou residente. Dentre os benefícios ganhos com a interação estão: alimento, proteção contra predadores, abrigo e outros.
O que são associações mutualísticas?
Mutualismo é um tipo de interação que ocorre entre duas ou mais espécies na qual ambas são beneficiadas. Na grande maioria dos casos, ocorre entre organismos de grupos bem distintos.
Tipos de mutualismo
Os cientistas classificam os mutualismos em cinco tipos principais:
- Trófico: ambas as espécies envolvidas fornecem alimento (ou um nutriente) para a outra;
- Polinização: nesta interação, um dos organismos dispersa o outro para que a reprodução ocorra. Em troca, o organismo dispersor recebe alimento do organismo disperso;
- Dispersão de sementes: um dos organismos dispersa o outra em troca de alimento, assim como na polinização;
- Proteção: também chamado de mutualismo defensivo, uma das espécies participantes oferece proteção à outra, enquanto a espécie protegida oferece alimento, na maioria dos casos;
- Antrópicos: esta nova classificação é definida como associação entre algumas espécies de animais e seres humanos. Por exemplo, nossa relação com animais de criação, como o gado. Esses animais só sobrevivem porque nós os criamos, fornecendo alimentação de qualidade. Em contrapartida, quando atingem o peso ideal, servem de alimento para nós.
O mutualismo pode ainda ser classificado como obrigatório, em que pelo menos um dos organismos participantes necessita da interação para sobreviver, e o mutualismo facultativo, no qual os organismos adquirem benefícios com a interação, mas não dependem dela.
Exemplos de mutualismo
Há diversos exemplos clássicos de associações mutualísticas na natureza, pois as espécies dependem das interações para sobreviverem. A associação entre bactérias do gênero Rhizobium e plantas leguminosas são um bom exemplo do mutualismo trófico. Enquanto as bactérias auxiliam na disponibilização de nitrogênio para as plantas, as leguminosas fornecem nutrientes provenientes da fotossíntese para a sobrevivência das bactérias.
Outro exemplo de associações mutualísticas são os líquens, interações entre fungos e algas (ou entre fungos e cianobactérias). Nesses casos, os fungos oferecem proteção, nutrientes e água, enquanto as algas e cianobactérias fornecem matéria-orgânica.
Dentre os mutualismos defensivos, podemos citar as formigas que vivem em plantas do gênero Acacia. Estas possuem espinhos ocos que servem como abrigo para algumas espécies de formigas que também se alimentam da planta. Em troca, as formigas protegem a Acacia do ataque de insetos herbívoros, fungos e também eliminam a competição, cortando outras plantas que crescem próximas a ela.
Dentre as associações de dispersão, podemos citar como exemplo a polinização das plantas de Ficus por uma única espécie de abelha. As plantas que possuem flores são polinizadas por animais. Em troca desse serviço de dispersão do grão-de-pólen, as plantas oferecem aos animais néctar ou seiva.