Respiração Aeróbica e Anaeróbica: quais as diferenças?
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- Publicado: 16/05/2023
- Atualizado: 16/05/2023: 15 12
- Por: Graziela Andrade
A respiração aeróbica e anaeróbica são dois processos diferentes que ocorrem no corpo. Entretanto, cada uma delas é responsável pela produção de energia em diferentes seres vivos.
O que é respiração aeróbica?
A respiração aeróbica utiliza oxigênio e produz dióxido de carbono. Ela faz parte de diversos processos que envolvem a utilização do oxigênio, sendo considerada a fase final da respiração celular. Este processo é utilizado pela maioria dos seres vivos na natureza, entre eles, plantas, animais, fungos e algumas bactérias.
A respiração aeróbia começa no citosol e, nos organismos eucariontes, termina no interior da mitocôndria. Enquanto nos seres procariontes que executam esse tipo de respiração, suas etapas finais ocorrem na membrana plasmática. Já o processo de fermentação ocorre no citosol — tanto nos procariontes como nos eucariontes.
No corpo humano, é possível observar este processo durante a digestão, por exemplo. A respiração aeróbica acontece quando os alimentos ingeridos se decompõe em moléculas de glicose, por exemplo, para que as células do corpo possam usá-las como fonte de energia — essa energia é vital para saúde do corpo humano.
Isso só é possível porque a glicose, ao se romper, libera a energia necessária para manter o ritmo cardíaco e garantir a movimentação dos músculos.
Respiração anaeróbica
Existem certas bactérias que são capazes de se adaptar em várias situações, por isso, são conhecidas como anaeróbias facultativas. Ou seja, elas conseguem sobreviver na presença ou na ausência de oxigênio. Essas bactérias são mais especializadas na natureza e desenvolveram a capacidade de se ajustar conforme o ambiente.
Qual a relação da fermentação com a respiração anaeróbica?
A fermentação é o principal método de respiração anaeróbica utilizado para a produção de ATP. Nas nossas células musculares existe uma opção sujeita a um intenso ritmo metabólico de contração e relaxamento.
Esta opção opera em um ambiente onde o suprimento de oxigênio disponível é insuficiente para atender ao esforço exigido, levando ao aparecimento de fadiga muscular.
O processo em questão é comparável ao processo de glicólise da respiração celular, sendo a única diferença o agente aceptor. Nesse caso, o ácido pirúvico transforma-se em ácido lático ou álcool etílico ao captar elétrons e prótons H+ do intermediário da molécula enzimática NADH.
Ou seja, quando o corpo precisa de mais energia do que pode obter dos alimentos ou da gordura armazenada, ele utiliza outra molécula chamada ácido lático ou etanol — moléculas resultantes da respiração anaeróbica.
Respiração aeróbica X anaeróbica
A principal diferença é que a respiração aeróbica é quando utiliza o oxigênio para decompor a glicose. A quebra da glicose em dióxido de carbono e água acontece na mitocôndria e produzirá o ATP.
Enquanto a respiração anaeróbica ocorre na falta de oxigênio. Este processo não produz ATP, mas resulta em outras moléculas como dióxido de carbono (CO₂), água (H₂O) e ácido lático (L-lactato).
Relação da respiração aeróbica e anaeróbica com a atividade física
Ambos os processos de respiração celular influenciam no metabolismo do corpo humano durante a atividade física.
No caso da respiração aeróbica, durante uma atividade física em que o corpo precisa utilizar mais energia do que ele consegue obter ou tem reservado, ele utiliza o ácido lático proveniente da respiração anaeróbica. Ou seja, a respiração anaeróbica entra em ação.
Isto acontece quando o indivíduo está em uma atividade intensa por um longo período e o oxigênio é utilizado por todos os músculos.
Por exemplo: quando corremos em alta velocidade na esteira e estamos com uma condição cardíaca que comprometa o funcionamento correto das pernas, produzindo apenas 10% da potência normal, não conseguiríamos correr porque os músculos não produziriam mais ATP necessários.
No entanto, se estimularmos os músculos sem oxigênio, com algum tipo de corrente elétrica, eles continuariam funcionando e gerariam o ATP necessário, ainda que o coração não conseguisse mais bombear sangue com rapidez.
O mesmo acontece durante exercícios intensos, como levantamento de peso: nosso corpo muda para o modo anaeróbico para podermos continuar a atividade.
MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica Básica, 4ªEd., Ed. Guanabara Koogan, 2015.