Concordância verbal – O que é? Tipos e Exemplos Práticos!
Você sabe o que é concordância verbal? Sabe como utilizá-la? Confira essas e outras informações completas, aqui no gestão Educacional!
- Publicado: 15/01/2019
- Atualizado: 29/01/2019: 13 40
- Por: Rafaela Cortes
Ao estudar a gramática da língua portuguesa, a concordância verbal é tema recorrente. Não sabe do que se trata? Sem problemas: esclarecemos, aqui no Gestão Educacional, essa questão. Confira e aprenda de uma vez por todas!
O que é concordância verbal?
Concordância verbal é o nome dado à relação entre o sujeito e o verbo de uma oração. Essa relação é regida por uma regra importantíssima para escrever e falar português de acordo com a norma padrão:
- O verbo transitivo (que pede um sujeito) sempre se flexiona para concordar com o sujeito da oração.
Na prática, isso quer dizer que se o sujeito for singular, o verbo transitivo estará flexionado também no singular. Se o sujeito for plural, o verbo transitivo necessariamente estará nessa forma. É fácil entender a regra analisando os exemplos, a seguir:
- Eu comi todo o chocolate;
- Ele foi ao teatro;
- Ela chegou cedo ao encontro;
- Nós trabalhamos até tarde;
- João e Maria são irmãos.
Tipos de concordância verbal
A regra é bastante simples (verbos transitivos sempre concordam com os sujeitos das orações), no entanto existem alguns casos específicos que geram dúvidas e são verdadeiras pegadinhas em provas de vestibular e concursos públicos. Conheça quais são eles:
- Concordância verbal com sujeito simples
Sujeito simples é aquele composto por um núcleo, apenas. Nesse caso, o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número, como pode ser notado nos seguintes exemplos:
- Maria gosta de laranja;
- Eu fui ao supermercado;
- Nós assistimos ao filme.
- Concordância verbal com sujeito composto
Sujeito composto é o que apresenta mais de um núcleo. Em casos assim, o verbo concorda com todos os núcleos do sujeito em pessoa e número, ficando no plural, invariavelmente:
- Paulo e Ana estão na praia;
- José e Alice são namorados;
- Ele e ela fizeram.
- Concordância verbal com verbo no infinitivo
A concordância é feita com verbos no infinitivo impessoal e pessoal. Quando se trata especificamente do infinitivo impessoal, os verbos não são flexionados nessas situações:
- Quando possuem valor de substantivo: viajar é meu vício;
- Quando possuem valor imperativo: vá estudar!
- Quando há regência por preposição: dedicaram-se a trabalhar.
Já quando o assunto é concordância verbal com infinitivo pessoal, os verbos são flexionados somente nas seguintes ocorrências/orações:
- Quando se tem um sujeito definido: é melhor nós elaborarmos as cartas;
- Quando se quer definir o sujeito: comprei essas roupas para elas usarem.
- Concordância verbal com verbo impessoal
O verbo impessoal não apresenta sujeito. Nesse caso, a concordância sempre será feita com a terceira pessoal do singular, como pode ser identificado nos exemplos, abaixo:
- Faz dez anos que nos casamos;
- Choveu por dois dias;
- Há pratos e talheres para todos.
- Concordância verbal com verbo ser
O verbo ser segue a regra geral de concordância, sendo flexionado de acordo com o sujeito. Mas, há um caso específico: quando for um verbo de ligação, concordará com o predicativo do sujeito:
- Eles são noivos;
- São dez horas da noite;
- Tudo são.
- Concordância verbal com os verbos bater, dar, soar
Os verbos bater, dar e soar concordam com o sujeito da oração se a ênfase do enunciado cair sobre seu substantivo, como no seguinte exemplo:
- O despertador soou 10 horas.
Caso a ênfase da oração seja dada ao verbo, a concordância é invariavelmente realizada com o numeral presente no enunciado:
- Soaram 10 horas no despertador.
- Concordância verbal com verbo parecer + infinitivo
A estrutura “parecer + infinitivo” tem somente um de seus verbos flexionados de acordo com o sujeito da oração. Não se deve flexionar os dois verbos:
- As crianças pareciam chamar a mãe;
- As crianças parecia chamarem a mãe.
Curiosamente, a segunda forma causa estranheza, mas é considerada gramaticalmente correta. É comum encontrarmos orações com essa estrutura em textos com linguagem literária, por exemplo.
- Concordância verbal com partícula se
A concordância do verbo se dará de acordo com a função desempenhada pela partícula se. Caso seja um pronome apassivador, a concordância verbal é feita com o sujeito:
- Aluga-se casa;
- Alugam-se casas.
No caso de a partícula se exercer a função de indeterminação do sujeito, a concordância verbal será realizada sempre com a terceira pessoa do singular:
- Precisa-se de caseiro;
- Precisa-se de caseiros.
- Concordância verbal com expressão haja vista
A expressão haja vista aceita dois tipos de concordância verbal: pode permanecer inalterada no singular ou flexionar somente o verbo haja, como nas seguintes orações:
- É preciso economizar dinheiro, haja vista a cobrança de novos impostos;
- É preciso economizar dinheiro, hajam vista as cobranças de novos impostos.
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