Graus do Substantivo – Normal, Aumentativo e Diminutivo
Entenda o que são os Graus do Substantivo e conheça em detalhes os seus três tipos: Normal, Aumentativo e Diminutivo!
- Publicado: 19/05/2023
- Atualizado: 22/05/2023: 15 29
- Por: Lilian Reina Peres
Os graus do substantivo são as flexões de grau que ele pode apresentar.
Relembrando: os substantivos são os nomes da língua, isto é, geralmente são objetos, seres, espaços, sentimentos e assim por diante. Em outras palavras, é possível pensar em substantivo como o responsável por nomear a substância.
Substantivos apresentam graus em sua significação, o que quer dizer que eles podem ter seu significado aumentado ou diminuído por meio de uma flexão, seja ela por derivação ou composição.
Os substantivos, portanto, aceitam flexão em grau. Confira, a seguir, quais são os graus do substantivo na língua portuguesa.
Grau normal
O grau normal dos substantivos é o tamanho normal de um nome. Portanto, é o substantivo em sua forma original.
Por exemplo: homem, abelha, casa, livro, mulher, copo e caderno são todos substantivos que estão em seu grau normal.
Grau aumentativo
O grau aumentativo dos substantivos é o tamanho aumentado de um nome.
As mesmas palavras do exemplo anterior no grau aumentativo seriam, por exemplo: homenzarrão, abelhona, casona, livrão, copão e cadernão.
Os exemplos acima se tratam de derivações sintéticas, ou seja, que utilizam o acréscimo de um sufixo derivacional para que o aumentativo ocorra.
Há também as derivações aumentativas analíticas, que empregam uma palavra de aumento para dar o mesmo efeito. Utilizando os mesmos exemplos dados: homem grande, abelha grande, casa grande, livro grande, copo grande e caderno grande.
Exemplos de aumentativos
- cão: canzarrão ou canaz
- colher: colheraça
- fatia: fatacaz
- fogo: fogaréu
- livro: livrão ou livrório
- luz: luzerna
- mão: manopla ou maõzorra
- moça: mocetona
- navio: naviarra
- ouro: ourama
- sapo: saparrão
- vidro: vidraça
Grau diminutivo
O grau diminutivo dos substantivos é o tamanho diminuído de um nome.
Utilizando as mesmas palavras que utilizamos até agora, elas ficariam assim no diminutivo sintético, ou seja, com o emprego de um sufixo para indicar o diminutivo: homenzinho, abelhinha, casinha, livrinho, copinho e caderninho.
Na derivação analítica, isto é, colocando uma palavra para dar o mesmo efeito, seria: homem pequeno, abelha pequena, casa pequena, livro pequeno, copo pequeno e caderno pequeno.
Exemplos de diminutivos
- árvore: arvorezinha, arvoreta ou arbúsculo
- barba: barbicha
- cinto: cintilho
- espada: espadim
- fita: fitilho
- galo: galispo
- nó: nozinho ou nódulo
- pele: película
- raiz: radícula ou radicela
- rei: reizinho ou régulo
- sino: sineta
- verão: veranico
Português brasileiro e o diminutivo
Existe um costume entre brasileiros que desperta a curiosidade em visitantes de outros países: a mania de usar o diminutivo.
No dia a dia, não percebemos, mas é recorrente chamarmos amigos para tomar um cafézinho, uma cervejinha ou curtir um cineminha. Por vezes, solicitamos que as pessoas aguardem um minutinho e, entre os casos mais curiosos está o da camisinha. Este nome se popularizou depois de uma campanha de conscientização para o uso do preservativo e, por soar mais “bonitinho“, pegou.
Há diversas razões para o emprego do grau diminutivo e, no caso do português brasileiro, pode conferir um tom de informalidade ou de algo despretensioso, quando nos referimos à cervejinha ou ao barzinho. Em determinadas ocasiões, utilizar o diminutivo indica carinho, quando falamos que algo é “uma belezinha”. Esse hábito é associado à cordialidade do brasileiro, expressando uma maneira afetuosa e, por vezes, pouco séria de abordar certas questões.
Por outro lado, pode ser também um modo de diminuir o elemento ou mesmo a pessoa a quem nos referimos, como “diretorzinho”, “aquelazinha” (e, aqui, ainda criamos um neologismo, transformando o pronome em substantivo, que é um processo de derivação imprópria), “vidinha” e assim por diante.
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Referências
CUNHA, C; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 7. Ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37 edição. Rio de Janeiro: Editora Nova fronteira, 2009.