Pretérito imperfeito – O que é? Regras de formação e Exemplos
Está com dúvidas nas aulas de português sobre Pretérito imperfeito? Aqui, no Gestão Educacional, você confere informações completas sobre o assunto!
- Publicado: 14/08/2019
- Atualizado: 14/08/2019: 10 25
- Por: Alexandre Peres
O pretérito imperfeito é um dos tempos verbais dos verbos da língua portuguesa. Sem mais delongas, confira, neste artigo do Gestão Educacional, tudo a respeito desse tempo verbal!
Pretérito imperfeito – O que é?
O pretérito imperfeito é um dos tempos verbais do português. Ele ser do “pretérito” indica que a ação aconteceu ou começou a acontecer num momento anterior ao do instante da fala. Ele ser “imperfeito” indica que a ação começou a ser realizada em algum momento do passado, mas que, por alguma razão, ela não foi completada.
O pretérito imperfeito, portanto, indica uma ação que começou no passado e que, até o presente, não foi concluída. Com isso, ele pode transmitir a ideia de um hábito passado, a continuidade de um acontecimento em relação a outro, etc. Confira alguns exemplos:
(1) Antigamente eu jogava bola.
(2) Enquanto eu dormia, meu amigo estudava para a prova.
Eu ouvia música quando meu pai chegou.
Em (1), o pretérito imperfeito foi usado para indicar uma ação que, no passado, era um hábito do sujeito. Em (2), o pretérito imperfeito foi usado para indicar uma ação que aconteceu, no passado, enquanto outra, no mesmo instante do passado, também acontecia. O mesmo acontece em (3), com a ação sendo interrompida e sobreposta por outra.
Perceba que, nesses três exemplos, a ação não foi totalmente concluída. Seria diferente, por exemplo, se disséssemos:
(4) Eu ouvi música até tarde da noite.
Em (4), temos um exemplo do chamado pretérito perfeito, que é usado, ao contrário do imperfeito, quando a ação foi totalmente concluída num tempo passado. Sabemos com certeza que a ação começou e terminou no passando, não havendo possibilidade de ela perdurar até o presente.
O pretérito imperfeito, entretanto, tem essas funções apenas no pretérito imperfeito do indicativo. No subjuntivo, como veremos a seguir, o seu uso é um pouco diferente.
Regas do pretérito imperfeito do indicativo e do subjuntivo
O pretérito imperfeito, na língua portuguesa, é classificado, ainda, de acordo com o modo verbal. Ele pode ser tanto:
- Pretérito imperfeito do indicativo, quando indica uma ação passada que certamente começou a acontecer, mas que, por alguma razão, não foi totalmente concluída nem dura até os dias de hoje, como em:
(5) Antigamente, eu escrevia todos os dias.
Neste exemplo, o uso do verbo, conjugado no pretérito imperfeito do indicativo, nos dá a certeza de que, no passado, o sujeito realmente escrevia todos os dias.
- Pretérito imperfeito do subjuntivo, sendo usado, nesse caso, para se expressar desejos, probabilidades e acontecimentos relacionados a outros, não se limitando apenas ao passado, podendo indicar uma ação, também, do presente ou do futuro. Confira:
(6) Se eu estivesse namorando agora, certamente estaria mais feliz. (Presente)
(7) Se eu tivesse estudado, teria ido melhor na prova da semana passada. (Passado)
(8) Se você parasse de me ofender, poderíamos ser amigos um dia. (Futuro)
Em todos esses exemplos, o verbo não indica certeza, mas desejo ou possibilidade, diferenciando-se, portanto, do indicativo (em que se há certeza quanto à possibilidade da ação, mesmo ela estando inacabada).
Regras para a formação do pretérito imperfeito com verbos regulares
Os verbos regulares possuem uma forma recorrente para as suas conjugações, em cada um dos tempos e modos verbais. O mesmo não se aplica quanto aos verbos irregulares, que são chamados assim justamente por não manterem essa regularidade. Os verbos regulares da língua portuguesa são divididos em:
- 1ª conjugação: verbos que possuem a vogal temática -a-:
- Namorar, estudar, gostar;
- 2ª conjugação: verbos que possuem a vogal temática -e-:
- Aprender, viver, receber;
- 3ª conjugação: verbos que possuem a vogal temática -i-:
- Fingir, falir, ferir.
São as seguintes as regras para se formar o pretérito imperfeito do indicativo para cada uma das conjugações dos verbos regulares:
- Pretérito imperfeito do indicativo
- 1ª conjugação
Tu radical + avas Tu and + avas
Ele radical + ava Ele and + ava
Nós radical + ávamos Nós and + ávamos
Vós radical + áveis Vós and + áveis
Eles radical + avam Eles and + avam
-
- 2ª conjugação
Nós radical + íamos Nós com + íamos
Vós radical + íeis Vós com + íeis
Eles radical + iam Eles com + iam
-
- 3ª conjugação
Tu radical + ias Tu part + ias
Ele radical + ia Ele part + ia
Nós radical + íamos Nós part + íamos
Vós radical + íeis Vós part + íeis
Eles radical + iam Eles part + iam
- Pretérito imperfeito do subjuntivo
- 1ª conjugação
Se eu radical + asse Se eu and + asse
Se tu radical + asses Se tu and + asses
Se ele radical + asse Se ele and + asse
Se nós radical + ássemos Se nós and + ássemos
Se vós radical + ásseis Se vós and + ásseis
Se eles radical + assem Se eles and + assem
-
- 2ª conjugação
Se eu radical + esse Se eu com + esse
Se tu radical + esses Se tu com + esses
Se ele radical + esse Se ele com + esse
Se nós radical + éssemos Se nós com + éssemos
Se vós radical + ésseis Se vós com + ésseis
Se eles radical + essem Se eles com + essem
-
- 3ª conjugação
Se eu radical + isse Se eu part + isse
Se tu radical + isses Se tu part + isses
Se ele radical + isse Se ele part + isse
Se nós radical + íssemos Se nós part + íssemos
Se vós radical + ísseis Se vós part + ísseis
Se eles radical + issem Se eles part + issem
Como comentado, essas regras só se aplicam aos verbos regulares. Os verbos irregulares (e anômalos) possuem regras próprias, sofrendo alterações no radical. Confira um exemplo de conjugação do verbo anômalo “ser” no pretérito imperfeito do indicativo:
- Eu era
- Tu eras
- Ele era
- Nós éramos
- Vós éreis
- Eles eram
Perceba que o verbo em questão sofreu profundas alterações em seu radical. Por serem profundas, o verbo “ir” é considerado anômalo, e não se aplica às regras mencionadas anteriormente, uma vez que elas só valem para os verbos regulares.
Confira um exemplo de verbo regular “tentar” conjugado no pretérito imperfeito:
- Pretérito imperfeito do indicativo
eu tentava
tu tentavas
ele tentava
nós tentávamos
vós tentáveis
eles tentavam
- Pretérito imperfeito do subjuntivo
se eu tentasse
se tu tentasses
se ele tentasse
se nós tentássemos
se vós tentásseis
se eles tentassem