Ajuda humanitária – O que é? Importância e Exemplos
Você já ouviu falar de ajuda humanitária? Sabe o que ela significa? Confira, aqui no Gestão Educacional, informações completas sobre o assunto!
- Publicado: 08/05/2019
- Atualizado: 08/05/2019: 12 04
- Por: Rodrigo Herrero Lopes
Em tempos de crise como os que vivemos em várias partes do mundo, a ajuda humanitária tem sido buscada como uma forma de amenizar as mazelas vividas por populações de várias regiões. Em geral, elas são levadas a cabo por diversas entidades e pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Guerras, golpes de Estado, desastres naturais, doenças, fome estão entre alguns dos problemas que acabam prejudicando o desenvolvimento de diversos países e levando a sua população ao abandono, necessitando de auxílio externo, em muitos casos. Muitas vezes, o essencial acaba sendo deixado de lado, daí a necessidade de oferecer auxílio para trazer um mínimo de alívio a quem sofre.
O que é ajuda humanitária?
A ajuda humanitária é um tipo de ação que visa dar assistência, seja ela material, moral ou legal, para indivíduos que estejam sofrendo devido a problemas crônicos gerados pelo homem ou provocados pela natureza.
Objetivando preservar a vida, a ajuda humanitária tenta amenizar o sofrimento das populações atingidas por tais questões e que, em geral, já padecem de algum tipo de marginalização e pobreza tendo, com o ocorrido, ficado mais vulneráveis.
De acordo com as definições adotadas internacionalmente nos dias de hoje, a ajuda humanitária envolve todas as atividades que são efetuadas visando a prevenção, a manutenção, o restabelecimento ou a consolidação da paz em determinada localidade, além de diminuir os efeitos destrutivos dos confrontos nas pessoas, em especial em lugares nos quais as autoridades responsáveis não conseguem ou então não demonstram interesse em auxiliar a população.
Conforme organismos internacionais definem, a ajuda humanitária precisa estar baseada nos princípios de imparcialidade, neutralidade e independência, para que não seja manipulada de maneira política ou militar. Isto é, a ação deverá ocorrer beneficiando todos os atores envolvidos e não um grupo em detrimento de outro.
Pode ou não ser pedida pelo governante do Estado que sofre do problema, mas a ajuda é aplicada após um consenso da comunidade internacional em relação à sua necessidade.
Pode ocorrer, também, em conjunto com alguma intervenção militar direta no país, seja por parte das forças de paz da ONU ou com autorização dessa instituição para o envio de tropas da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), como já ocorreu em Somália (1992), Kosovo (1999), Líbia (2011) ou, no caso do Haiti, com a MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), que está desde 2004 no país caribenho.
Importância desse tipo de ação
As ações humanitárias ganharam força após o término da Segunda Guerra Mundial, quando vários países da Europa estavam destruídos pelo conflito armado que grassou aquela região, afinal de contas, o Velho Continente foi o epicentro daquele confronto.
Com a recém-criada ONU, os trabalhos logo expandiram para outras regiões do planeta, na tentativa de amenizar a fome e a dor das vítimas de outras guerras, como a questão da Palestina, as ocorrências nas Coreias, a crise no canal de Suez, no Egito, a descolonização do Congo, entre outros casos citados no artigo A ação humanitária e a construção de estados liberal-democráticos: o caso do Timor Leste de 1999 a 2008.
De lá para cá, os conflitos não cessaram, pelo contrário. A violência e a luta por território e por recursos naturais têm grassado diversos Estados na África, no Oriente Médio e na Ásia. Tanto que a ONU decretou este período como a maior crise humanitária desde 1945, quando surgiu a organização, logo após a Segunda Guerra Mundial. São mais de 20 milhões de pessoas que têm sofrido com a fome por causa de confrontos armados em países como Iêmen, Nigéria, Somália e Sudão do Sul.
Outro ponto que tem preocupado a ONU é a crise dos refugiados, que, desde 2015, já levou mais de 60 milhões de pessoas a buscarem abrigo em outro país, devido aos problemas de sua terra Natal, como guerra civil, perseguição política e terrorismo. Tudo isso evidencia a necessidade de que haja medidas humanitárias para minimizar os problemas das pessoas, enquanto os conflitos não se resolvem nos países.
Exemplos de ajuda humanitária
Como já mencionado, a ONU é a principal entidade responsável por realizar ações de ajuda humanitária no mundo. É a partir dela que muitas intervenções são feitas, tendo ou não a participação de países ou organizações internacionais.
A ONU costuma organizar missões de assistência em diversas áreas mais necessitadas, levando mantimentos, medicamentos e outros itens de primeira necessidade. Com ela podem participar OMS (Organização Mundial da Saúde), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), ACNUR (Comitê para Refugiados da ONU), entre outros órgãos.
Fora do âmbito da ONU, há a organização Médicos Sem Fronteiras, que envia médicos para áreas problemáticas. A Cruz Vermelha também desenvolve um papel importante nesse sentido, com cuidados às vítimas dos conflitos, além de se responsabilizar por levar comida e água para essas áreas.
Em geral, o financiamento pode ser realizado por meio de corporações, países, organizações e até mesmo indivíduos que doam quantias às entidades. Há, também, organizações não-governamentais que atuam nesse tipo de ajuda, tais como Care, Save the Children, AMI (Assistência Médica Internacional) etc.