Cultura Romana – 5 legados deixados pelo Império Romano
Cultura Romana: arquitetura, religião e mais! Conheça aqui 5 dos principais legados culturais deixado pelo lendário Império Romano.
- Publicado: 19/05/2023
- Atualizado: 22/05/2023: 15 30
- Por: Douglas Nunes da Silva
A cultura romana deixou uma série de legados na civilização ocidental. Até os dias de hoje, o Império Romano é uma das civilizações mais faladas nas aulas de história e também em produções literárias, de cinema e de outros setores.
Isso acontece especialmente porque tudo aquilo que fizeram gerou influências, além de seu contato com diversas outras culturas ao longo do tempo. Confira cinco legados deixados pelo Império Romano.
Arquitetura
A Arte é um quesito que não pode ficar de fora ao se falar de uma civilização histórica de tão grande porte. A arquitetura, em especial, tem tanto destaque que recebe visitas até hoje, mesmo para observarem as ruínas do passado. É o caso, por exemplo, do Coliseu e das estruturas do Senado.
Entre as características da arquitetura da Roma Antiga estiveram os arcos e as abóbadas, bem como tetos curvos, elementos que se espalharam em construções por diversos países da Europa.
Bastante sólidas, as construções romanas passaram a ser feitas em concreto após o incêndio que tomou Roma em 64 d.C., abolindo o uso de barro e madeira.
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Direito
Quando se fala em legado do Império Romano também é necessário se abordar o direito. Afinal, a Lei das Doze Tábuas é uma das mais importantes no contexto histórico para mediar situações da sociedade. Outra obra jurídica importante é o Corpo de Direito Civil, que serviu como base para o direito moderno.
Já no Império Romano havia uma diferenciação entre os segmentos do Direito, que se dividia em Direito Privado, Direito Estrangeiro e Direito Público.
Também na política, o modo de governo romano teve ampla influência na administração pública de Estados, juntamente com a criação dos sistemas jurídicos que atuavam ao lado dos governantes.
Língua
O Império Romano tinha como língua oficial o latim, que teve diversas variações. O latim tornou-se a língua dos cidadãos romanos e trouxe um senso de unificação ao Império.
No meio do processo de expansão e conquistas de outros territórios, foram adicionados locais com povos que tinham outros dialetos. Isso gerou uma mistura, dando origem a outras línguas. Foram os casos do francês, italiano, espanhol, português e romeno.
Também o alfabeto e os números romanos foram um importante legado que permaneceu nos dias atuais, sendo utilizados por praticamente todos os países que falam línguas indo-europeias.
Calendário
Outro importante legado do Império Romano é o calendário. Esse talvez seja o menos comentado, mas é um dos que têm mais impacto.
Isso porque o calendário que é utilizado no Brasil e em muitos países ocidentais é uma herança do Império. Foi uma convenção adotada por Júlio César a divisão dos 365 dias distribuídos nos 12 meses, assim como a definição dos nomes de cada um dos meses. O mês de Julho, inclusive, é referente a Júlio César.
Na verdade, o primeiro calendário romano surgiu no ano da fundação de Roma, em 753 a.C. A criação de Rômulo usava como base o calendário egípcio. Tratava-se de um calendário lunar, com 10 meses e 304 dias, que ia de março a dezembro.
Após múltiplas reformas e tentativas de ajustes, houve a instituição do calendário solar, conforme ordenado por Júlio César. O calendário juliano, de autoria de Sosígenes de Alexandria, resgatava os 365 dias do ano comum, cálculo estabelecido por astrônomos egípcios.
Religião
A religião também é um legado dos romanos. Sem fazermos juízo de valor, nossa preocupação é apontar as heranças históricas. E o cristianismo é uma religião nascida no Império Romano e que se espalhou por diversas partes do mundo, com a crença em um novo messias.
As bases do cristianismo são as tradições judaicas, contudo, adicionam o aspecto de que Jesus Cristo seria o messias enviado à Terra. Até hoje, a Bíblia Sagrada, livro base do cristianismo que contém os relatos dos apóstolos, na forma dos Evangelhos do Novo Testamento, é a obra mais vendida no mundo.
Inicialmente perseguidos, os seguidores de Cristo conquistaram a liberdade de culto em 313, por determinação do Imperador Constantino I, que proclamou o Édito de Milão.
Em 380, o Imperador Teodósio, o Grande, oficializou o cristianismo e proibiu os cultos pagãos em território romano, por meio do Édito da Tessalônia.
Referência
https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/47836/3/Historia_de_Roma_II.pdf
https://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/4566/6/LIVRO_FormasImp%C3%A9rioRomano.pdf