Vírus – O que são? Reprodução, Estrutura, Vida e lista de doenças virais
Os vírus são estruturas simplórias, mas de um funcionamento extremamente completo. Entenda aqui como vive, se reproduzem e a lista de doenças virais!
- Publicado: 04/10/2018
- Atualizado: 24/01/2019: 13 40
- Por: Rafaela Cortes
Os vírus são estruturas acelulares parasitárias, ou seja, que precisam de outras células para conseguirem procriar e sobreviver. Por conta de sua rápida capacidade de reprodução e destruição das células hospedeiras, são considerados infecciosas causadores de doenças.
A definição de vírus deriva do latim, que quer dizer “veneno” ou “toxina”. Desse modo, a palavra também é utilizada para outras ocasiões das quais não se trata da estrutura biológica, mas de coisas que possuem um efeito viral, como os vírus de computador ou as histórias apelativas, compartilhadas em massa na Internet.
Vírus é um ser vivo ou não?
Há uma intensa discussão científica sobre a classificação do vírus. De um lado, há quem acredite que, para ser considerado vivo, ele precisaria apresentar um metabolismo capaz de importar e exportar nutrientes (gerar energia). Outros, acham que somente o fato de conseguirem reproduzir-se já os tornam seres vivos.
Alguns pesquisadores ainda comentam que o fato de serem parasitas obrigatórios não é o suficiente para torná-los inanimados, uma vez que todo o reino biológico funciona com diferentes níveis de interdependência.
Vida do Vírus
Os vírus só possuem atividade quando estão dentro de outro organismo, podendo sobreviver por horas em inatividade, se soltos no ambiente – inclusive, alguns podem aguentar até oito horas sem infectar outro corpo.
Esses seres não possuem nenhuma outra atividade para além da procriação e invasão das células. Assim, toda vez que se encontram dentro de uma célula hospedeira, permanecem em um constante ciclo de reprodução, tornando-se um agente infeccioso tão perigoso.
Estrutura
Os vírus, ao contrário dos demais seres, não pertencem a nenhum reino, pois são desprovidos de organização celular e constituídos por uma cápsula proteica, que envolve o material genético (DNA ou RNA). Sua estrutura pode ser resumida em três partes:
- Núcleo: o material genético, no caso, o DNA ou RNA;
- Capsídeo: envelope que envolve o material genético;
- Envelope: segunda camada de proteção composta por uma série de proteínas.
Reprodução
A reprodução viral pode acontecer por duas maneiras: com o ciclo lítico ou lisogênico.
O ciclo lítico é quando o vírus não invade a célula por inteiro, mas injeta o seu material genético dentro da hospedeira. Sozinho, o DNA multiplica-se dentro da estrutura, com a ajuda das organelas da própria célula infectada. Depois que esse processo concretiza-se, ocorre a morte celular, a qual libera os novos vírus que se formaram dentro dela. Esses, quando soltos, infectam novas células.
Já no ciclo lisogênico, o vírus invade a célula por completo e interfere no DNA original daquela estrutura, trocando-o pelo material genético viral. Desse modo, quando a célula hospedeira entrar na fase da meiose (reprodução natural de quase todo corpúsculo), irá replicar o material genético do vírus ao invés da organização natural.
No interior das células hospedeiras, os vírus podem exibir dois efeitos distintos:
- Efeito citolítico: destroem as células invadidas e parasitas;
- Efeito citocinético: induzem a ocorrência de divisões celulares, como a que se verifica na formação das verrugas. Esses vírus atingem microrganismos, fungos, plantas e animais e são conhecidos popularmente como viroses.
Lista de doenças virais
As doenças virais nem sempre são perigosas, pois a gravidade da infestação dependerá do tipo de vírus gerador da infecção – estima-se que existem mais de 3.600 espécies, classificadas de acordo com a diferenciação do material genético.
Abaixo, segue a lista das doenças virais:
- Resfriado comum;
- Caxumba;
- Rubéola;
- Sarampo;
- Hepatite;
- Dengue;
- Poliomelite;
- Meningite viral;
- Mononucleose;
- Aids;
- Herpes;
- Condiloma;
- Hantavirose;
- Varicela ou Catampora;
- Dengue;
- Raiva.
Prevenção e Vacinação
Sarampo e poliomielite vêm sendo combatidos com sucesso por diversas campanhas de vacinação. Após décadas sob controle, a dengue e a febre amarela urbana (transmitidas pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus) voltaram a se alastrar no Brasil, apresentando casos graves e, até mesmo, a morte.
Como tratar as doenças virais
As infecções virais não respondem ao tratamento com antibióticos, que são eficazes contra as bactérias. Além de inúteis contra vírus, essa classe de medicamentos mata bactérias que compõem a microbiota e aumentam a probabilidade de que bactérias patogênicas resistam aos antibióticos selecionados.
Portanto, as doenças virais precisam de tratamentos mais complexos, geralmente, feitos à base de remédios específicos, conhecidos como “antivirais”, por exemplo, o oseltamivir ou a amantadina.