A prescrição e o uso de métodos contraceptivos modernos, como a pílula do dia seguinte, o DIU, os medicamentos injetáveis, entre outros, têm crescido cada vez mais em diversos países. Trata-se de uma forma de ajudar a solucionar problemas gerados pela alta taxa de natalidade, assim como também para dar o direito individual às pessoas na decisão de ter ou não uma criança.
A prática da anticoncepção (ou contracepção) tem gerado inúmeros debates, com grupos favoráveis ao estímulo dos métodos contraceptivos e outros que se baseiam em crenças religiosas e valores morais para defender a concepção desde o ato sexual até o nascimento da criança. Aqui, também entra o aborto, tema polêmico em praticamente todos os lugares.
Neste artigo, focaremos no movimento de anticoncepção e também em seus métodos contraceptivos, incluindo não apenas a sua visão favorável como também as críticas que giram em torno do assunto.
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Quais são os métodos contraceptivos?
Os métodos contraceptivos são ferramentas utilizadas para que haja um impedimento da ovulação feminina, o que vai evitar que a mulher fique grávida. Trata-se de um controle de natalidade, que pode incluir a famosa pílula do dia seguinte, além das pílulas anticoncepcionais, como a de progesterona, ingerida por 28 dias, e da mistura de estrogênio e progesterona, usada por um total de 21 dias.
Esses dois últimos, em particular, concentram hormônios sintéticos que interveem na regularidade do ciclo menstrual, apesar de não suspenderem a menstruação.
Há, ainda, vários outros tipos, como camisinha (masculina e feminina), diafragma, anel vaginal, DIU (dispositivo intrauterino), implantes, espermicida, contracepção cirúrgica (laqueadura, vasectomia) e muito mais.
Para encontrar a melhor maneira, é essencial consultar-se com um médico, que irá fazer avaliações no paciente e indicar qual o melhor método de acordo com a saúde de cada um, levando em conta também a frequência de relações sexuais, idade, saúde, vontade ou não de ter filhos, etc.
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Avanços proporcionados pelos métodos anticoncepção
Tendo como base diversos estudos demográficos, Lucila Scavone, Hélène Bretin e Annie Thébaud-Mony destacam, no artigo Contracepção, Controle Demográfico e Desigualdades Sociais: análise comparativa franco-brasileira, que recentemente tem ocorrido um aumento na “queda da fecundidade das mulheres brasileiras nos últimos anos, observando o uso cada vez mais frequente da esterilização como método contraceptivo. Pesquisas sociológicas relacionando a saúde das mulheres e anticoncepção apontam para as condições sociais e ideológicas do uso dos contraceptivos modernos”.
O médico e professor Alexandre Faisal afirma, em entrevista à Rádio USP, que as práticas contraceptivas entre os adolescentes brasileiros ganharam muito espaço nos últimos anos, muito por conta de transformações na sociedade, incremento nas políticas públicas, maior acesso à informação e crescimento das campanhas publicitárias.
Pesquisa realizada pelo acadêmico aponta que cerca de 80% das jovens entrevistadas disseram usar algum tipo de método de anticoncepção. Os mais citados foram a camisinha masculina e a pílula anticoncepcional.
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Ponderações e críticas sobre os métodos contraceptivos
Mas, apesar de os métodos contraceptivos estarem consolidados na sociedade como forma de realizar o planejamento familiar, esse tema ainda é muito polêmico e gera críticas e reclamações, em especial em grupos de determinadas religiões. Há aqueles que são contra qualquer tipo de prevenção e outros que são contra o impedimento de que um ser vivo fertilizado se instale no útero, ocasionando a gestação.
Além disso, há críticas por parte das mulheres, em especial no fato de se focar na anticoncepção mais no sexo feminino, como seria o caso da pílula anticoncepcional, vista como uma imposição para a mulher. Enquanto isso, o homem ficaria desobrigado a se preocupar com o assunto, ao passo que há diversos métodos para o sexo masculino adotar.
“O fato de as mulheres terem que tomar a pílula enquanto os homens são isentos lhes parece uma nova forma de dominação masculina. Elas ficam com a responsabilidade e os temidos inconvenientes dos efeitos secundários, enquanto os homens só têm vantagens”, criticou a socióloga francesa Michèle Ferrand, pesquisadora do Centre National de Recherche de Sociologie (CNRS) e pesquisadora associada do Institut National d’Etudes Démographiques (INED) no texto Sociologia da Contracepção e do Aborto.
Conclusão
Como se vê, a anticoncepção tem avançado de várias maneiras para dar opções para as pessoas poderem decidir sobre o futuro da sua família. Porém, o tema ainda enfrenta barreiras de parte da sociedade que tem visões diferentes sobre a concepção e a natalidade.
Isso impõe a necessidade de um maior avanço na discussão e no entendimento sobre a anticoncepção, os métodos contraceptivos e o direito de homens e mulheres de escolherem o seu destino, sem desrespeitar os outros.
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