Imunidade Passiva e Imunidade Ativa: qual a diferença?
Saiba o que é Imunidade Passiva, o que é Imunidade ativa, qual a diferença entre as duas e muito mais (com uma série de exemplos!)
- Publicado: 28/04/2023
- Atualizado: 03/05/2023: 14 31
- Por: Graziela Andrade
O que é imunidade?
A imunidade é a capacidade do nosso corpo de reconhecer substâncias estranhas (antígenos) e se defender delas.
O termo é usado para denotar os muitos mecanismos diferentes que desempenham um papel nessa proteção, como a produção de anticorpos. A maneira como adquirimos a imunidade pode variar entre: ativa e passiva.
Imunidade ativa
Adquirimos a imunidade ativa quando um antígeno entra em nosso corpo. O antígeno entra no nosso corpo artificialmente ou por uma infecção (natural), quando temos contato com um vírus.
Agora, um exemplo de imunização ativa artificial, é a vacina. Ela estimula a produção de anticorpos para combater um determinado agente infeccioso. A principal função da vacina é prevenir uma doença, aumentando suas defesas contra microrganismos.
A vantagem da imunidade ativa é que ela oferece o benefício da proteção a longo prazo, graças à memória imunológica. Isso ocorre porque os linfócitos B permanecem na circulação e na medula óssea, prontos para produzir anticorpos após a exposição ao antígeno.
No entanto, há um atraso entre a administração do antígeno e a produção de anticorpos, o que significa que a imunidade imediata não é possível, o que é uma desvantagem. Portanto, a vacinação deve ocorrer antes da exposição ao patógeno para garantir proteção adequada.
Imunidade passiva
A imunização passiva acontece quando o organismo recebe os anticorpos já prontos contra algum agente específico.
No caso da imunização passiva natural, ela se dá, por exemplo, quando a mãe transfere os anticorpos para o bebê através da placenta. Já na imunização passiva artificial, o indivíduo recebe o antígeno por meio do soro antiofídico, por exemplo, como nos casos de picadas de cobra.
A disponibilidade imediata de anticorpos é a principal vantagem desse tipo de imunidade. Entretanto, é temporário, pois os anticorpos transferidos são decompostos em meses. Uma vez que os níveis séricos diminuem, a imunidade deixa de existir.
Imunidade passiva x imunidade ativa
A principal diferença entre os tipos de imunidade é que na ativa um antígeno estimula a resposta imunológica no nosso corpo. Já na passiva, o sistema imunológico não é estimulado a produzir anticorpos para combater os antígenos: o organismo recebe os anticorpos prontos.
Imunidade Inata e Adaptativa
Além desses dois tipos de imunidades, a imunidade também se classifica em: imunidade inata ou adaptativa.
Na inata, o indivíduo já nasce com essa imunidade, possui resposta imunológica rápida e não é pertence a nenhum antígeno específico.
Já na adaptativa, a resposta imunológica é lenta e específica, e o indivíduo não nasce com ela. A imunidade adaptativa se adquire com o passar dos anos. Ela entra em ação quando a imunidade inata não consegue barrar a ação de um antígeno.
Imunidade humoral x imunidade celular
Produção de anticorpos
Os anticorpos, também chamados de imunoglobulinas, são proteínas que desempenham um papel importante no mecanismo de defesa do organismo. Ou seja, os anticorpos atuam na eliminação de organismos patogênicos que podem prejudicar o corpo.
Eles detectam e sinalizam a presença de agentes causadores de doenças, como bactérias e vírus. Uma vez detectados, esses anticorpos entram em ação para combater e eliminar a ameaça. Eles também ativam outras células para auxiliar nessa tarefa, tornando-os um componente vital do sistema imunológico do corpo.
O sistema imunológico gera anticorpos como reação à presença de um antígeno, que é qualquer substância capaz de estimular tal resposta. Uma vez que os linfócitos B se diferenciam, eles começam a produzir essas proteínas protetoras em quantidades significativas que se espalha pelo sistema linfático.
Quando essas células amadurecem, se tornam células plasmáticas que que produzem os anticorpos com a finalidade de proteger o organismo congtra patógenos nocivos.
Referências
Referência: LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando; PACCA, Helena. Biologia Hoje 1. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2016